Wednesday, March 15, 2006

Ben Harper de volta à luz do dia!

Aí está a chegar às lojas o novo álbum de Ben Harper "Both Sides Of The Gun", cujo lançamento ocorrerá no próximo dia 21 de Março.
Um ano após o último lançamento juntamente com os Blind Boys of Alabama no álbum ao vivo "Live At The Apollo", Ben Harper volta aos lançamentos a solo e os eventuais resquícios gospel que se previam figurar neste álbum, afinal não se encontram lá.
Este álbum duplo, apresenta duas facetas, uma de lamento (no 1º CD, Morning Yearning) e um de reinvindicação de algo melhor (no 2º CD, Better Way).
A verdade é que o 1º CD tem um ambiente de saudade, tristeza, dor. A primeira música "Morning Yearning" tem uma abertura murmurante com arranjos cuidados de piano, violino, violoncelo. Ainda neste primeiro CD podemos encontrar um ambiente semi-bossanova em " Never LEave Lonely, ou um lamento intenso em "Reason to Mourn". Tudo termina com uma canção de embalar ao som de piano "Happy Everafter In Your Eyes".
O 2º CD tem toda a vivacidade que faltava no primeiro CD. "Better Way" tem sons arábicos no seu inicio e final e uma pitada de gospel. Depois temos disco dos anos 80 com "Both Sides Of The Gun" ou "Black Rain", os anos 80 a fazerem-se sentir. Mas Ben Harper não fica por aqui. Vai ao country com "Gather 'Round The Stone", ao blues com "The Way You Found Me" e ao rock n roll com "Please Don't Talk About Murder" ou "Get It Like You Want It" (quase uma aproximação aos Rolling Stones!).
Tudo junto dois álbuns num só. Para todos os que gostam de Ben Harper e tentam encontrar conforto na música temos o 1º CD, para todos aqueles que adoram a sua faceta de músico, de guitarrista, de lutador neste mundo temos o 2º CD.
Para mim, um álbum que aproxima em termos de qualidade o Fight For Your Mind. Gostos!

Both Sides Of The Gun

Lançamento: 21 MAR 06
Editora: Virgin Records

Alinhamento:

MORNING YEARNING
1. Morning Yearning
2. Waiting For You
3. Picture In A Frame
4. Never Leave Lonely Alone
5. Sweet Nothing Serenade
6. Reason To Mourn
7. More Than Sorry
8. Cryin' Won't Help You Now
9. Happy Everafter In Your Eyes

BETTER WAY
1. Better Way
2. Both Sides Of The Gun
3. Engraved Invitation
4. Black Rain
5. Gather 'Round The Stone
6. Please Don't Talk About Murder While I'm Eating
7. Get It Like You Like It
8. The Way You Found Me
9. Serve Your Soul

Tuesday, March 14, 2006

Yeah Yeah Yeahs! Novo álbum

Está aí a chegar o novo álbum dos nova-iorquinos Yeah Yeah Yeahs de seu nome "Show Your Bones"!
Tive oportunidade de ver a banda de Karen O, Nick Zinner e Brian Chase há uns anos em Paredes de Coura e daí ficou na retina a energia de Karen O em palco e muita distorçã o à mistura. Tudo em ambiente pós-punk.
Este álbum traz mais ambiente obscuro da cidade, uma viagem aos clubes de New York mas também uma maior aproximação a um som mais pop, como por exemplo o single de estreia, "Gold Line" (que parece uma música das Hole de Courtney Love e Melissa Auf Der Maur).
O som que sai já não é tão dificil de encaixar na nossa cabeça e a aproximação a P.J.Harvey é por demais evidente. Afinal ela continua a ser a fonte inspiradora de tantas bandas pelo mundo fora, principalmente quando a liderar estas se encontra uma mulher!

Show Your Bones

Lançamento: 28 MAR 06
Editora: Interscope Records

Alinhamento:
1. Gold Lion
2. Way Out
3. Fancy
4. Phenomena
5. Honeybear
6. Cheated Hearts
7. Dudley
8. Mysteries
9. The Sweets
10. Warrior
11. Turn Into

Monday, March 13, 2006

Jack Johnson: Cantando à volta da fogueira junto ao Atlântico

Jack Johnson está de volta a Portugal! Desta vez para um concerto no Pavilhão Atlântico que há muito se encontra esgotado.
O que transforma Jack Johnson num fenómeno de popularidade em Portugal? A simplicidade da sua música, a sua atitude cool, a sua voz, a possibilidade de estarmos à noite sentados à volta de uma fogueira no Hawaii com um grupo de amigos a cantar, a beber, a partilhar experiências. Tudo isto dentro de um Pavilhão em Portugal!!!
O seu último álbum, In Between Dreams, tem na capa amarela Jack Johnson virado para o mar. A capa dá-nos um sentimento de luminosidade, ar livre e animação. E o álbum faz juz à capa. As canções são simples e todas têm uma batida própria. Uma música encaixa-se na próxima e por vezes é difícil encontrar onde acaba uma e começa a outra.
As letras são extremamente bem escritas e cantadas. Jack Johnson tem uma voz ao mesmo tempo cativante e divertida.
Focar apenas uma ou duas músicas seria extremamente injusto para com um álbum que prima pela sua harmonia. No entanto, não será de estranhar que aos seus ouvidos tenha chegado "Sitting, Waiting, Wishing", “Better Together”, “Staple It Together” ou “Do You Remember”.

In Between Dreams

Lançamento: 01 MAR 2005
Editora: Universal

Alinhamento:
1. Better Together
2. Never Know
3. Banana Pancakes
4. Good People
5. No Other Way
6. Sitting, Waiting, Wishing
7. Staple It Together
8. Situations
9. Crying Shame
10. If I Could
11. Breakdown
12. Belle
13. Do You Remember
14. Constellations

Friday, March 10, 2006

Ali Farka Touré: o adeus do nome maior da música africana

Ali Farka Touré nasceu em 1939 em Kanau no Mali. Desde cedo demonstrou uma enorme paixão pela música e especialmente pelos instrumentos de cordas. Tornou-se no nome maior da música de um país, de um continente, da World Music. Fundiu a música local com o blues e trouxe ao mundo os sons africanos.
Fruto de um trabalho conjunto com Ry Cooder, venceu um Grammy para World Music com o álbum "Talking Timbuktu", tendo abandonado a música para se dedicar à agricultura, de onde emergiu em 2003 para lançar o álbum "Bogolan à Bamako", tendo ainda vencido um segundo Grammy este ano com o seu trabalho conjunto com Toumani Diabaté, "In The Heart of The Moon".
Faleceu esta semana com 66 anos, vitima de cancro de que padecia há já algum tempo e que o tinha obrigado a permanecer em sua casa em Bamako desde Setembro último.
Do álbum Talking Timbuktu, recordo o murmúrio blues de Amandrai e Keito, os sons árabes de Banga ou do próximo oriente de Diaraby. Indispensável para o conhecimento do que foi, é e será a música africana.

Talking Timbuktu
Lançamento: 29 Março 1994
Editora: Hannibal

Alinhamento:
1. Bonde
2. Soukora
3. Gomni
4. Sega
5. Amandrai
6. Lasidan
7. Keito
8. Banga
9. Ai Du
10. Diaraby

Tuesday, March 07, 2006

Dançando ao som do transistor dos Korn

Longe vai o dia em que comprei o meu primeiro álbum dos Korn, o multi-platinado Follow The Leader. Era um Sábado à tarde e passava pela Roma Megastore de Santa Catarina. Parei, entrei, ouvi o álbum e resolvi comprar.
Da primeira audição descobri logo que o vocalista e principal compositor sofria de graves problemas psiquicos, fruto de uma infância pautada pela violência e abusos (informações mais tarde recolhidas).
A raiva estava sempre presente, a incompreensão da sociedade perante uma nova geração de jovens encontrava nos Korn o seu expoente, depois de terem ficado orfãos dos Nirvana nos inicios dos anos 90.
Juntamente à raiva encontrava-se um som pesado mas pautado pelo som groovy do baixo que em termos musicais torna únicos o som dos Korn que juntamente com a gaita de foles (de vez em quando incorporada por Jonathan Davies).
O ultimo album dos Korn traz um pouco mais do mesmo, com novas experiências musicais e com um super-groovy Twisted Transistor. Uma música que nos fala da incompreensão e indiferença do mundo perante o individuo, o qual encontra na música o elemento que o compreende. O som é diabólicamente dançável. Fica a letra e a recomendação.

Twisted Transistor

Hey you, hey you, Devil's little sister
Listening to your Twisted Transistor
Hold it between your legs
Turn it up, turn it up
The wind is coming through
Can't get enough

A lonely life, where no one understands you
But don't give up, because the music do
Music do [x6]

Because the music do
And then it's reaching
Inside you forever preaching
Fuck you too
Your scream's a whisper
Hang on you
Twisted Transistor

Hey you, hey you, finally you get it
The world ain't fair, eat you if you let it
And as your tears fall on
Your breast, your dress
Vibrations coming through
You're in a mess

A lonely life, where no one understands you
But don't give up, because the music do
Music do [x6]

Because the music do
And then it's reaching
Inside you forever preaching
Fuck you too
Your scream's a whisper
Hang on you
Twisted Transistor
Music do [x4]

Hey you, hey you, this won't hurt a bit
This won't hurt a bit, this won't hurt
Says who? Says who?
Anesthetize this bitch
Anesthetize this bitch, anesthetize!
Just let me be
Between you and me don't fit

Because the music do
And then it's reaching
Inside you forever preaching
Fuck you too
Your scream's a whisper
Hang on you
Twisted Transistor

Eat, Drink, Be Merry

O titulo deste post nada mais é do que o lema da Dave Matthews Band.
Sou fã, grande fã da Dave Matthews Band desde o seu álbum Before Those Crowded Streets. Contagiou-me o ambiente de jam session desse álbum e vim a descobrir que os álbuns de originais servem apenas de catapulta para aquilo que faz desta banda algo de único, os concertos.
Para grande pena minha nunca tive oportunidade de assistir a um concerto da DMB, principalmente porque desde 1998 que a banda não actua na Europa, quanto mais em Portugal! E saídas do norte do continente americano contam-se pelos dedos das mãos, a última das quais no Rock in Rio... no Rio de Janeiro.
Ainda assim, tendo ganho fama de grande banda ao vivo principalmente em actuações em universidades norte-americanas, gerou-se um grande movimento de gravações ao vivo, criando-se um mercado de bootlegs gigantesco que a banda soube aproveitar colocando à venda inúmeros concertos ao vivo, mas ao mesmo tempo permitindo as gravações audio dos seus concertos por parte de fãs.
Vai daí muito do que me foi chegando do som da banda são os sons dos concertos e que criaram em mim a vontade cada vezz mais crescente de assistir a um seu concerto.
Infelizmente e apesar de serem uma banda multi-platinada nos EUA, esse estatuto não lhes permite ver os seus álbuns editados cá em Portugal pelas vias normais. Grande parte dos álbuns ainda aparecem com a etiqueta Importado o que aumenta o seu preço e os faz cá chegar meses ou anos depois da sua edição internacional.
Mesmo assim, com o desenvolvimento da internet é agora possivel obter as músicas na data de ediçao internacional, quer pelas vias ilegais (downloads piratas) quer pelas vias legais (downloads através de sites como o iTunes ou compra directa no estrangeiro).
Vai daí que seja possivel ir acompanhando a carreira da banda e do projecto a solo de Dave Matthews.
A mais recente edição da banda é um conjunto de álbuns ao vivo de suporte ao lançamento do álbum de originais Stand Up. Ainda não tive oportunidade de ouvir os álbuns ao vivo, mas sim de Stand Up.
Não existirá muito de novo na criação de Dave Matthews, apenas um pouco mais de suavidade nas canções (porque se tratam verdadeiramente de canções que vão muito para além das músicas) e a mesma alma de sempre. Aquela que nos faz sentir felizes ao ouvir cada nota de cada canção, que nos faz acordar para a beleza da vida, para aqueles que nos acompanham todos os dias, aqueles que amamos.
Fiquem então com o alinhamento do álbum e fica a promessa de mais comentários aos novos álbuns ao vivo da Dave Matthews Band.

Dave Matthews Band - Stand Up

Data de Lançamento: 10 Maio 2005
Editora: RCA

1. Dreamgirl
2. Old Dirt Hill (Bring That Beat Back)
3. Stand Up (For It)
4. American Baby Intro
5. American Baby
6. Smooth Rider
7. Everybody Wake Up (Our Finest Hour Arrives)
8. Out Of My Hands
9. Hello Again
10. Louisiana Bayou
11. Stolen Away On 55th & 3rd
12. You Might Die Trying
13. Steady As We Go
14. Hunger For The Great Light

Coldplay no trilho dos U2

Bem, devo dizer que nunca fui grande fã dos Coldplay. A verdade é que o ambiente depressivo do primeiro album não me trazia nada de bom à vida, pelo que evitava ouvi-los a todo o custo. Enfim, gostos...
O certo é que do ambiente depressivo as melodias dos Coldplay passaram a ser mais mexidas, mais alegres, mais easy-listening pelo menos para mim. Foi assim com o A Rush of Blood to the Head e é isso que se passa com o novo X & Y.
Deste último álbum tem tido alta rotação a música Talk. Peço desculpa a todos os fãs dos U2, mas assim que começa a música com um solo de guitarra, a única coisa que me lembro é dos U2 e da guitarra do The Edge. Lamento mas é mesmo isso que me faz lembrar. Não é que o som U2 continue no resto da música mas ficou ali a marca e fez-me pensar terá sido encontrada a banda sucessora da banda de Bono, mesmo em termos de sonoridade. Não duvido que o génio musical de Chris Martin associado à sua vida mais familiar desde que se casou com Gwyneth Paltrow, os poderá por na rota de um sucesso similar ao dos U2.

Talk

Oh brother I can't, I can't get through
I've been trying hard to reach you, cause I don't know what to do
Oh brother I can't believe it's true
I'm so scared about the future and I wanna talk to you
Oh I wanna talk to you
You can take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or write a song nobody has sung
Or do something that's never been done

Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle, you can't find your missing piece?
Tell me how do you feel?
Well I feel like they're talking in a language I don't speak
And they're talking it to me

So you take a picture of something you see
In the future where will I be?
You can climb a ladder up to the sun
Or a write a song nobody has sung
Or do something that's never been done
Do something that's never been done

So you don't know were you're going, and you wanna talk
And you feel like you're going where you've been before
You tell anyone who'll listen but you feel ignored
Nothing's really making any sense at all
Let's talk, let's ta-a-alk
Let's talk, let's ta-a-alk

Fort Minor - A idade da inocência de Mike Shinoda

Tanto tempo de ausência! Mas eis-me de volta!
Desta vez para falar de um projecto que há bem pouco tempo cheguei até mim, os Fort Minor! Devo dizer que quando pela primeira vez os ouvi através do seu 1º single "Believe Me", não me chamaram muito a atenção. Uma música com uma boa batida e pouco mais! Mas ficou no ouvido a voz de um dos elementos da banda. Seria mesmo Mike Shinoda? Resolvi certo dia investigar e aí estava, os Fort Minor são um projecto paralelo aos Linkin Park de Mike Shinoda.
Fiz o download do álbum (lamento imenso mas comprar um álbum de uma banda que não conheço e pagar 17 euros pelo mesmo não fazem parte das minhas prioridades financeiras!), e descobri o que esperava. Um som mais suave, mais easy-listening mas mais groovy do que os Linkin Park. Afinal Mike Shinoda funciona como MC nestes e os Fort Minor permitem-lhe expandir ainda mais as suas raízes nesse sentido.
Do álbum retirei um Whered You Go (belissima com a participação de Holly Brook e Jonah
Matranga) e Kenji.
A música Kenji reporta-se às raízes de Mike Shinoda dos EUa. A emigração de seu avô Kenji Shinoda para a Califórnia, a constituição da sua família e as vicissitudes que a 2ª Guerra Mundial trouxe às suas vidas!
Da música retirei algo de que nunca tinha ouvido falar: Após o ataque japonês em Pearl Harbor, a comunidade japonesa (assim como, parte da alemã, italiana, romena, etc) foi colocada em internment camps, onde viviam em condições pouco condignas, sem cozinhas ou sanitários adequados e em casas sobre-lotadas. Razão invocada pelos norte-americanos para esta situação:
A defesa nacional uma vez que temiam um ataque interno por parte dos japoneses e também para protegerem a comunidade japonesa dos ataques dos norte-americanos mais radicais que não concebiam a ideia de existirem americanos de origem japonesa sem que estes fossem verdadeiros inimigos!
Para a história ficam estes "campos de internamento (concentração)" e Kenji que não saiu com vida do mesmo.
Fica o testemunho:

Kenji - Fort Minor

My father came from Japan in 1905
He was 15 when he immigrated from Japan
He, he... he worked until he was able to buy this patch
And build a store

Let me tell you the story in the form of a dream,
I don't know why I have to tell it but I know what it means,
Close your eyes, just picture the scene,
As I paint it for you, it was World War II,
When this man named Kenji woke up,
Ken was not a soldier,
He was just a man with a family who owned a store in LA,
That day, he crawled out of bed like he always did,
Bacon and eggs with wife and kids,
He lived on the second floor of a little store he ran,
He moved to LA from Japan,
They called him 'Immigrant,'
In Japanese, he'd say he was called "Issei,"
That meant 'First Generation In The United States,'
When everyone was afraid of the Germans, afraid of the Japs,
But most of all afraid of a homeland attack,
And that morning when Ken went out on the doormat,
His world went black 'cause,
Right there; front page news,
Three weeks before 1942,
"Pearl Harbour's Been Bombed And The Japs Are Comin',"
Pictures of soldiers dyin' and runnin',
Ken knew what it would lead to,
Just like he guessed, the President said,
"The evil Japanese in our home country will be locked away,"
They gave Ken, a couple of days,
To get his whole life packed in two bags,
Just two bags, couldn't even pack his clothes,
Some folks didn't even have a suitcase, to pack anything in,
So two trash bags was all they gave them,
When the kids asked mum "Where are we goin'?"
Nobody even knew what to say to them,
Ken didn't wanna lie, he said "The US is lookin' for spies,
So we have to live in a place called Manzanar,
Where a lot of Japanese people are,"
Stop it don't look at the gunmen,
You don't wanna get the soldiers wonderin',
If you gonna run or not,
'Cause if you run then you might get shot,
Other than that try not to think about it,
Try not to worry 'bout it; bein' so crowded,
Someday we'll get out, someday, someday.

As soon as war broke out
The G.I came and they just come to the house and
"You have to come"
"All the Japanese have to go"
They took Mr. Lee
People didn't understand
Why did they have to take him?
Because he's an innocent labourer

So now they're in a town with soldiers surroundin' them,
Every day, every night look down at them,
From watch towers up on the wall,
Ken couldn't really hate them at all;
They were just doin' their job and,
He wasn't gonna make any problems,
He had a little garden with vegetables and fruits that,
He gave to the troops in a basket his wife made,
But in the back of his mind, he wanted his families life saved,
Prisoners of war in their own damn country,
What for?
Time passed in the prison town,
He wanted them to live it down when they were free,
The only way out was joinin' the army,
And supposedly, some men went out for the army, signed on,
And ended up flyin' to Japan with a bomb,
That 15 kiloton blast, put an end to the war pretty fast,
Two cities were blown to bits; the end of the war came quick,
Ken got out, big hopes of a normal life, with his kids and his wife,
But, when they got back to their home,
What they saw made them feel so alone,
These people had trashed every room,
Smashed in the windows and bashed in the doors,
Written on the walls and the floor,
"Japs not welcome anymore."
And Kenji dropped both of his bags at his sides and just stood outside,
He, looked at his wife without words to say,
She looked back at him wiped the tears away,
And, said "Someday we'll be okay, someday,"
Now the names have been changed, but the story's true,
My family was locked up back in '42,
My family was there it was dark and damp,
And they called it an internment camp

When we first got back from camp... uhh
It was... pretty... pretty bad

I, I remember my husband said
"Are we gonna stay 'til last?"
Then my husband died before they close the camp.